Tempo Pascal - O prolongamento da Páscoa até Pentecostes

 

Quase no momento em que a Páscoa cristã entra na história, ela aparece como uma festa que se prolonga durante cinquenta dias. Todos os dias desse cinquentenário, no dizer de Tertuliano, devem ser celebrados “numa grande alegria”.

Todo esse tempo deve ser vivido em clima de festa. Festa não porque não se trabalha, mas porque o mistério celebrado causa impressão muito forte em nós. Esse mistério é sempre o mesmo. Cristo ressuscitado (Páscoa), glorificado pelo Pai (Ascensão) nos envia o Espírito Paráclito (Pentecostes) como havia prometido.

A oitava da Páscoa, a semana “in albis” (semana das vestes brancas), como era chamada em Roma, nasceu no século IV a partir da necessidade de dar aos neófitos uma catequese pós-batismal a respeito dos mistérios nos quais comungavam, uma catequese mistagógica.

Em várias regiões, as festas do Espírito Santo e da Ascensão eram celebrada juntas no domingo do encerramento do cinquentenário. Mas Pentecostes não tardaria a ser consagrada exclusivamente à vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos, enquanto que a Ascensão seria celebrada no quadragésimo dia depois da Páscoa. A leitura atenta dos Atos dos Apóstolos (1,4-10) justifica a festa da Ascensão quarenta dias depois.

Liturgicamente se celebra a festa de Pentecostes como irradiação do Espírito, ele começa sua missão no mundo. Sob a ação do Espírito em nós, continuamos esta missão pelo testemunho e apostolado.  

 

Os Símbolos Pascais

 

Celebrar a Páscoa significa celebrar nossa vida em Cristo, passagem das trevas para a luz, do pecado para a graça, da morte para a vida. Enfim: da escravidão para a liberdade.

Os símbolos da Páscoa são “lembranças” de Cristo enquanto viveu na terra, entre nós. Eles são muito importantes, pois dão a certeza de que ele sempre esta conosco.

 

A Bandeira: A bandeira que Cristo Ressuscitado segura na sua mão, como é apresentado nas pinturas e esculturas, significa a vitória de Cristo e a derrota do maligno.

 

Cordeiro Pascal: Representa a mansidão de Cristo que se imolou para perdoar os nossos pecados. Ele é chamado de Divino Cordeiro de Deus. No AT o cordeiro foi encontrado entre os espinhos e sacrificado por Abraão no lugar do seu filho Isaque. O sangue do cordeiro sacrificado pelos israelitas na noite da saída do Egito salvou-os da morte pela espada do anjo exterminador. Assim Jesus se sacrificou inocente pela vida dos pecadores e o seu sangue derramado na cruz lavou as culpas da humanidade.

 

Círio Pascal: É o símbolo mais expressivo da festa da Páscoa. É uma vela grande com a cruz no meio e as inscrições A e Z e a data corrente. O Círio simboliza o próprio Cristo ressuscitado, luz nova que dissipa as trevas do pecado, como a chama acesa da vela dissipa as trevas da noite. As letras A e Z (ou “alfa” e “Ômega” – a primeira e a última letra do alfabeto grego) significam que Cristo é o Senhor da história, Ele é o “ontem”, o “hoje” e o “amanhã”, princípio e fim. “A luz de Cristo que ressuscita resplandecente dissipe as trevas de nosso coração e nossa mente” (Da liturgia pascal).

 

 


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